Neste domingo (6), mais de 155 milhões de eleitores estão aptos a ir às urnas para eleger candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito em cerca de 5,5 mil municípios brasileiros. É o primeiro turno da eleição municipal.
Esta será a primeira vez que todas as cidades vão iniciar e encerrar a votação ao mesmo tempo. Por exemplo: no horário oficial de Brasília, a eleição vai começar às 8h e terminar às 17h.
Em uma cidade que está em um fuso duas horas antes da capital federal, a eleição começa às 6h e termina às 15h. Se sua cidade está em um fuso uma hora antes de Brasília, a votação começa às 7h e termina às 16h
A disputa para prefeito pode ser estendida para o segundo turno em 103 municípios brasileiros.
Tratam-se de cidades com mais de 200 mil eleitores registrados, onde a eleição pode ser decidida em uma segunda etapa, caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta de votos nesta primeira fase.
A legislação eleitoral proíbe que eleitores ou candidatos causem algum tipo de desordem que atrapalhe os trabalhos eleitorais, tentem impedir alguém de votar ou atuem para induzir o voto em determinado candidato ou partido.
Também não é autorizado fazer boca de urna, espalhar santinhos, usar alto-falantes, fazer comício ou carreata e divulgar propaganda de políticos e candidatos. A pena para esses crimes é de seis meses a um ano.
Além disso, não é permitido prender ou deter um eleitor, um integrante da equipe que trabalha na votação, um representante de partido ou candidato.
Outras práticas que a lei proíbe para o dia do registro do voto:
⏰As seções eleitorais funcionam das 8h às 17h, no horário de Brasília.
Por conta do fuso horário, haverá mudanças em algumas localidades. Veja como ficam os horários de abertura e fechamento das seções nesses casos:
Por conta da votação eletrônica, o processo de apuração costuma ser relativamente rápido. Os primeiros resultados são esperados a partir das 19h, também do horário de Brasília.
A Justiça Eleitoral aceita os seguintes documentos (em papel ou digitais):
Estes documentos podem ser aceitos mesmo que fora da validade, desde que seja possível comprovar a identidade do eleitor.
Quem perdeu o título de eleitor pode votar — o documento não é obrigatório.
A pessoa pode consultar o local de votação na página do Tribunal Superior Eleitoral, no aplicativo e-Título ou no cartório eleitoral. O importante é levar, no dia da votação, um documento de identificação com foto.
4. Não vai poder votar? Veja como justificar o voto
O eleitor que não puder votar em outubro pode apresentar sua justificativa para a Justiça Eleitoral em até 60 dias após a eleição.
Neste caso, cada turno é considerado isoladamente. Ou seja, haverá prazos separados para justificar as ausências do primeiro e segundo turnos. Quem não puder comparecer às urnas nos dois turnos terá de justificar duas vezes.
Para quem faltar ao primeiro turno, a justificativa pode ser feita até o dia 5 de dezembro deste ano. Para os faltosos no segundo turno, o prazo termina em 7 de janeiro de 2025.
5. Candidatos por raça e gênero
Entre os 460 mil candidatos disputando as eleições, 93% são postulantes ao cargo de vereador, enquanto 3,3% buscam uma vaga como prefeitos e 3,4% como vice-prefeitos.
6. Como foi a campanha?
Ao longo das últimas semanas, a campanha eleitoral dominou discussões na sociedade e o noticiário político.
Há uma grande expectativa não só para conhecer os prefeitos e vereadores que estarão à frente das cidades a partir de 2025. A campanha municipal pode dar o tom do que são as principais tendências políticas no Brasil no momento e o que podem ser recados para as eleições de 2026.
A campanha de maior repercussão foi a de São Paulo, maior cidade do país e onde, a um dia do pleito, três candidatos estavam empatados tecnicamente nas pesquisas: Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).
Um episódio marcou a eleição paulistana: a "cadeirada" do candidato José Luiz Datena (PSDB) contra Pablo Marçal (PRTB), durante um debate.
Outros episódios de violência eleitoral foram registrados pelo país, o que levou a ministra Cármen Lúcia a conclamar campanhas e candidatos a se respeitarem e respeitarem a sociedade.
Em termos de balanços de forças políticas, muito se falou, antes das eleições, que a campanha iria refletir, por meio dos candidatos municipais, a disputa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a colunista Daniela Lima, não foi isso que aconteceu. As campanhas tiveram lógica local e refletiram poderes dos candidatos locais.
Lula optou por pouco participar das campanhas de aliados, e investiu em viagens oficiais ao exterior nas últimas semanas. O petista argumentou que, como chefe do Planalto, "tem muitas tarefas".
Bolsonaro foi mais ativo. Ele fez um giro por diversos palanques ao redor do país, anunciou a volta das tradicionais "lives" e promoveu carreatas ao lado de apadrinhados políticos. Mas também não foi um nome que chegou a ofuscar os candidatos locais ou a ditar os temas da campanha.
Os calendários também foram alterados para evitar que os congressistas se envolvessem em projetos "polêmicos".
A política no Congresso ficou praticamente interrompida, à espera do cenário que vai surgir após os pleitos municipais.
Só após os resultados das urnas será possível dizer quais grupos sairão mais fortes ou mais fracos.
Adversários nacionalmente, PT e PL estão no mesmo palanque de candidatos a prefeito em 85 cidades no país.
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