O julgamento do homem apontado como o assassino de Gilson Antônio da Nóbrega, de 52 anos, funcionário da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), teve seu desfecho nesta terça-feira (29). O corpo de Gilson foi encontrado em 15 de fevereiro de 2022, na Rodovia Estadual PB-025, que liga Santa Rita à cidade de Lucena, no Litoral Norte da Paraíba. Após cinco meses de investigações, a polícia chegou a Derimar Cavalcante, genro da vítima, que foi pres no dia 13 de julho de 2022, em Minas Gerais, apontado como principal suspeito. Ele deixou o estado logo após o corpo do sogro ser encontrado com marcas de violência.
O júri popular aconteceu na cidade de Santa Rita e culminou na condenação de Derimar a uma pena de 18 anos de prisão em regime inicialmente fechado. A sentença foi lida pela juíza titular da Primeira Vara Mista da Comarca de Santa Rita, Lilian Frasinetti Correia Cananea.
O promotor de justiça, Onessimo Gomes da Silva Cruz, expressou sua opinião sobre o resultado do julgamento, destacando a justeza da pena.
"Foi um resultado bastante justo e proporcional ao caso. O crime realmente foi executado com requintes de crueldade. Foi por causa disso que houve um empenho na perseguição e no pedido de condenação. É inadmissível que uma vítima tenha sido executada da forma como foi, enforcada com arame farpado e tendo a cabeça praticamente esmigalhada ao mesmo tempo em que foi enforcada. Foram 18 anos de prisão", declarou.
A defensora pública Mariana Fontenelle também se pronunciou sobre o julgamento, mencionando a relevância do caso e a atuação da defensoria pública.
"O caso é de repercussão. A defensoria pública já assumiu o processo por ocasião da audiência de instrução e julgamento na primeira fase. Estamos aqui proporcionando a defesa técnica do acusado em plenário. Ele nega a prática do fato e afirma que o desaparecimento dele da cidade de João Pessoa se deu ao fato dele ter recebido ameaças e por temer a própria vida e a vida da sua família. Ele se ausentou da cidade e posteriormente se entregou em Minas Gerais, estando preso desde o ano passado".
A polícia começou a suspeitar de Derimar após seu desaparecimento, logo após o corpo da vítima ser encontrado. O veículo dele foi achado abandonado. O carro foi recolhido e encaminhado para perícia como parte do inquérito. Após isso, as investigações avançaram e Derimar foi preso no estado de Minas Gerais. Ele foi trazido de volta à Paraíba e está preso desde então.
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