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Policial OPERAÇÃO FACHADA

Polícia desmonta esquema de tráfico com salão de beleza em Campina Grande e apreende oito veículos de luxo

Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizava empresas de fachada e laranjas para ocultar e movimentar dinheiro ilícito.

16/04/2025 às 04h22 Atualizada em 16/04/2025 às 04h39
Por: Humberto Vital Fonte: Do g1 PB
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Reprodução | @draco.pcpb
Reprodução | @draco.pcpb

A Polícia Civil cumpriu cinco mandados de prisão e apreendeu oito carros e motos de luxo em uma ação contra uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas interestadual e lavagem de dinheiro em Campina Grande. A Operação Fachada foi realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), nessa segunda-feira (14), com apoio da Unidade de Inteligência Policial (Unintelpol) da Polícia Civil da Paraíba.

Salão de beleza e loja de material de construção

As investigações, iniciadas no final de 2024, revelaram que a organização utilizava empresas de fachada, incluindo um salão de beleza e uma loja de material de construção, ambos localizados em Campina Grande, para ocultar e movimentar os recursos ilícitos. Com a prisão de um dos integrantes do grupo e a apreensão de aproximadamente 300kg de maconha em Campina Grande, uma apuração foi iniciada em janeiro de 2025.

Mandados judiciais e prisão de funcionária de prefeitura

A Polícia Civil cumpriu, na Operação Fachada, quatro mandados de busca e apreensão em diversos pontos de Campina Grande e cinco mandados de prisão preventiva: contra dois detentos e pessoas ligadas a eles e contra uma funcionária contratada da Prefeitura de Campina Grande.

Os detentos já estão recolhidos no presídio do Serrotão, onde respondem por tráfico de drogas. As investigações apontam que, mesmo detidos na penitenciária, eles continuavam a comandar o esquema criminoso.

Em relação à funcionária presa, a Prefeitura de Campina Grande declarou, em nota, ter recebido, em caráter extraoficial até o momento, a notícia sobre o suposto envolvimento dela com a quadrilha que foi desarticulada pela Polícia Civil.

“Como ocorre em todos os casos similares, a Prefeitura está fazendo um acompanhamento sobre esse fato e adotará todas as providências cabíveis, a partir da identificação da suposta servidora, com a instauração de um processo administrativo disciplinar e imediato afastamento da funcionária dos quadros do Município”, disse a Prefeitura, como obtido pelo ClickPB.

“Laranjas” e poder econômico

A apreensão de oito veículos de luxo, segundo a Polícia Civil, evidencia o poderio econômico da organização criminosa.

As investigações apontam que o grupo atuava no tráfico de drogas entre diferentes estados e usava pessoas que atuavam como “laranjas” e empresas de fachada para realizar a lavagem do dinheiro resultante das atividades criminosas e para transacionar com outros traficantes.

Sufocar a organização criminosa

A Polícia Civil conseguiu o bloqueio de dezenas de contas bancárias pertencentes aos criminosos e aos envolvidos usados como laranjas como parte da estratégia para descapitalizar o grupo criminoso.

Para a Polícia Civil, a Operação Fachada representa um avanço significativo no combate à criminalidade organizada e na investigação financeira no estado da Paraíba. O objetivo principal da ação é asfixiar economicamente essas estruturas criminosas, buscando desarticular não apenas o tráfico de drogas, mas também a sua engrenagem financeira e identificar todos os envolvidos, incluindo a participação de agentes públicos.

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