Alvo de investigações por corrupção, o Hospital Padre Zé, em João Pessoa, acumula uma dívida de R$ 3 milhões. O débito foi deixado pela ex-direção da unidade, que era presidida pelo padre Egídio de Carvalho, investigado por envolvimento em um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos. Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (10), a Arquidiocese da Paraíba pediu ajuda para “salvar o hospital”.
De acordo com o padre George Batista, novo diretor do Hospital Padre Zé, o montante em dívida é referente a pagamentos não realizados a fornecedores e compra de medicamentos. Parte do valor está sendo quitada com verbas do Sistema único de Saúde (SUS), que destina todos os meses cerca de R$ 900 mil à instituição.
Conforme a direção, o gasto mensal para a manutenção do Hospital Padre Zé é de R$ 1,3 milhão. Esse valor inclui a folha de pagamento do quadro de funcionários da unidade, que mantém 195 colaboradores. Segundo a nova gestão, todos os salários estão sendo pagos normalmente.
Apesar da dívida milionária, foram identificados dois empréstimos feitos pelo padre Egídio enquanto estava à frente do hospital, que somam R$ 13 milhões. “Onde está esse dinheiro?” questionou o padre George enquanto apresentava as dívidas do Hospital Padre Zé.
A defesa de Padre Egídio, o advogado Sheyner Asfóra, disse que não tinha nada para comentar, pois não assistiu à coletiva.
Mín. 22° Máx. 35°