O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, disse que se sente envergonhado e traído em meio ao escândalo financeiro que envolve o padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé e ex-secretário-executivo da Ação Social Arquidiocesana (ASA). A declaração do líder da Igreja Católica no estado foi feita nesta terça-feira (10) durante uma entrevista coletiva com um pronunciamento da nova gestão da unidade.
“Eu sinto muita tristeza muito grande que um ministro de Deus tenha se envolvido numa coisa dessa natureza”, disse Dom Delson.
E completou: “O sentimento é de vergonha. Me sinto traído, porque [ele] foi preparado para anunciar o evangelho, testemunhar a fé, para estar a serviço dos mais pobres”.
Em outro momento, Dom Delson disse que o patrimônio identificado no nome do padre Egídio é "assombroso", uma vez que um sacerdote recebe aproximadamente três salários mínimos por mês. "Isso nos entristece muito. É uma questão muito grave, porque um sacerdote deve servir aos mais pobres", declarou.
Dívidas milionárias
Nesta terça (10), durante um pronunciamento oficial, a nova gestão do Hospital Padre Zé informou que a instituição acumula R$ 3 milhões em dívidas. Junto com a Arquidiocese, o novo diretor informou que campanhas devem ser realizadas com empresários para "ajudar a salvar o hospital".
A defesa de Padre Egídio, o advogado Sheyner Asfóra, disse que não tinha nada para comentar, pois não assistiu à coletiva.
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