A subprocuradora-geral da República, Elizeta Maria de Paiva Ramos, encaminhou nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestação contrária ao recurso da defesa do Padre Egídio de Carvalho, solicitando a rejeição do pedido para anular a prisão preventiva do sacerdote. A informação foi divulgada pelo Blog Wallison Bezerra.
Padre Egídio foi preso preventivamente no fim de 2023 durante a Operação Indignus, investigação que apura desvios milionários no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Segundo o Ministério Público da Paraíba, o religioso liderava um esquema de desvio de recursos da instituição filantrópica. Atualmente, Egídio se encontra em prisão domiciliar desde abril de 2024 após passar por uma cirurgia.
A defesa de Egídio afirma haver uma “nulidade do decreto prisional”, argumentando falta de contemporaneidade, bloqueio de bens do sacerdote e ausência de qualquer atividade religiosa ou administrativa no hospital. Alega também problemas de saúde e que Egídio é o único responsável pelos cuidados de sua mãe idosa, de 92 anos.
Contudo, a subprocuradora-geral rebate, afirmando que não há “excepcionalíssima hipótese de flagrante ilegalidade” capaz de justificar o recurso. Para Elizeta Maria, é necessário considerar “a perigosidade social do recorrente [Padre Egídio], forte indicativo de que deve ser privado de sua liberdade antes de ser levado a julgamento”.