O bairro Cristo Redentor, em João Pessoa, registrou mais um episódio de violência na tarde deste sábado (25), com um homicídio e uma tentativa de homicídio. Com esse caso, o bairro chega à marca de sete homicídios em menos de dez dias, além de tentativas de assassinato, aumentando a preocupação dos moradores.
De acordo com informações preliminares, o homem assassinado foi identificadao como "Galego", que trabalhava na Empasa. Ele e o motorista de um veículo foram surpreendidos por criminosos na saída do trabalho. Galego foi alvo principal dos disparos e morreu no local, enquanto o motorista foi baleado e socorrido por uma equipe do Samu ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. O estado de saúde do sobrevivente não foi divulgado.
A onda de violência no bairro tem sido intensa nos últimos dias. Na manhã de quinta-feira (23), Leandro Nogueira da Silva, de 34 anos, foi morto a tiros na comunidade Bela Vista, e, poucas horas depois, outro homem, de 26 anos, foi baleado em outra área do Cristo e segue internado em estado grave.
O caso mais brutal ocorreu na segunda-feira (20), também na Bela Vista, quando Eduardo da Costa Araújo, de 19 anos, foi morto dentro de sua residência por quatro suspeitos que invadiram a casa e dispararam várias vezes. Já na quarta-feira (22), o pastor evangélico Walfredo José do Livramento, de 67 anos, foi assassinado dentro de casa com mais de 20 tiros disparados pelos mesmos quatro criminosos.
Na quinta-feira, dia 16 de janeiro, um adolescente de 14 anos foi assassinado. A vítima foi identificada como Emanuel Bernardo Andrade. Ele foi morto a tiros enquanto ia para um reforço escolar na comunidade Jardim Itabaiana, no Cristo. Perto dali, momentos depois, Jonas Souza, de 29 anos, também foi assassinado. Segundo a família, ele estava indo para a casa de seu pai quando foi abordado por dois homens em uma moto, que dispararam contra ele.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga os casos e tenta determinar se há conexão entre eles. Até o momento, não há informações claras sobre as motivações dos crimes. A situação tem gerado medo e insegurança entre os moradores, que aguardam uma ação efetiva das autoridades para conter a violência e trazer respostas sobre a escalada de crimes no bairro.