Preso nesta terça-feira (19) em Garanhuns, no estado de Pernambuco, Arivone Gonçalves da Silva tem uma extensa ficha criminal. Também conhecido como “Cabeludo”, o homem integrava a quadrilha liderada por Valdetário Carneiro, precursor do “novo cangaço”, que morreu em 2003. Entre os crimes praticados, de acordo com a polícia, há roubos a bancos e assassinato de um prefeito no Rio Grande do Norte.
“Cabeludo” foi preso por policiais civis da Delegacia Especializada de Capturas e Polícia Interestadual (DECAP/Polinter), em ação conjunta com a Polícia Civil de Pernambuco, em cumprimento a um mandado de prisão definitiva por uma condenação por duplo homicídio.
Ele foi condenado a 27 anos de reclusão pelo assassinato do agropecuarista Vicente Veras e de seu funcionário, Erismar, em 2003. O crime aconteceu entre os municípios potiguares de Triunfo Potiguar e Paraú, enquanto as vítimas viajavam para Natal e foram surpreendidas por homens armados com pistolas e fuzis. As diligências tiveram início após policiais civis do RN identificarem que o condenado residia em Garanhuns/PE.
Além da condenação pelo duplo homicídio, “Cabeludo” possui um extenso histórico criminal, com registros em diversos estados, como Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, São Paulo e Bahia, além do Rio Grande do Norte. Ele também é apontado como participante de um assalto a bancos na cidade de Macau/RN, que resultou na morte do delegado Robson Luís de Medeiros Lira, de 43 anos.
Segundo informações da época, no início da tarde de 4 de junho de 2002, uma quadrilha composta por cerca de 20 homens, liderada por José Valdetário Benevides e Francimar Fernandes Carneiro, assaltou simultaneamente as agências do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB). Os suspeitos estavam armados com fuzis, pistolas e metralhadoras, utilizando caminhonetes para a ação criminosa.
“Cabeludo” foi ainda alvo de destaque nacional, quando sua participação no assassinato do prefeito de Caraúbas, Agnaldo Pereira, em 2001, foi tema do programa Linha Direta. Na ocasião, o prefeito, sua esposa, dois seguranças e o caseiro foram assassinados nas proximidades de Mossoró. Após a prisão, ele foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional de Pernambuco, onde permanecerá à disposição da Justiça.