A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, pela primeira vez, a comercialização do medicamento Olumiant (baricitinibe) para o tratamento de casos graves da doença autoimune alopecia areata. Esta condição provoca a queda intensa de cabelo, sobrancelhas e cílios, impactando significativamente a qualidade de vida dos afetados.
O Olumiant, fabricado pela farmacêutica estadunidense Eli Lilly, já era utilizado legalmente para tratar outras enfermidades, como artrite reumatoide, dermatite atópica e Covid-19 grave. Entretanto, a Anvisa concedeu a permissão específica para a alopecia areata, recomendando seu uso em pacientes maiores de 18 anos.
Apesar da eficácia do medicamento, seu custo elevado, aproximadamente R$ 4 mil, pode restringir o acesso a alguns pacientes.
A alopecia areata é uma condição que provoca a queda dos fios de cabelo, podendo ocorrer em falhas circulares e, em casos mais graves, afetar todo o corpo, incluindo sobrancelhas. A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas fatores como emocionais, quadros infecciosos, doenças autoimunes e genética podem contribuir para seu desenvolvimento. Vale ressaltar que a alopecia areata não é contagiosa.
O mecanismo de queda dos pelos nessa condição é desencadeado pelo ataque do sistema imunológico e moléculas inflamatórias aos folículos capilares. A pesquisa realizada pela Eli Lilly revelou que 40% dos entrevistados associaram a alopecia areata a palavras como constrangimento e ansiedade.
Mín. 24° Máx. 35°