Foi confirmada na manhã desta segunda-feira (17) a prisão do padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil cumpriram mandado de prisão expedito pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). O padre se entregou e fica, a partir de agora, à disposição da Justiça.
Egídio foi encaminhado para o Instituto de Polícia Científica (IPC), passou por exame de corpo de delito e depois foi levado para Central de Polícia, no bairro do Geisel.
A ação é parte de uma operação que investiga um esquema de desvio de recursos e bens da instituição. Padre Egídio, que também é responsável pelas entidades jurídicas que administram o hospital, ocupou a posição de diretor no estabelecimento de saúde. As ex-diretoras Amanda Duarte, que desempenhava o cargo de tesoureira, e Jannyne Dantas, diretora administrativa, são igualmente alvo das investigações, que tiveram início na primeira fase da operação, deflagrada em agosto deste ano.
A ordem de prisão foi emitida pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, após o juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa inicialmente negar o pedido do Gaeco. De acordo com informações do Gaeco, a investigação revela uma confusão patrimonial entre os bens e valores das entidades jurídicas que gerem o hospital e o padre Egídio.
A suspeita é de que o padre tenha adquirido diversos imóveis de alto padrão sem comprovação lícita, os quais foram decorados e reformados com produtos de marcas caras. O Gaeco destaca que o desvio de recursos e a confusão patrimonial comprometem a integridade financeira da instituição hospitalar, prejudicando seu propósito primordial de oferecer serviços de saúde à comunidade.
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